quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Entre minhas paredes


Deitada sobre meus cabelos, me acarinho sozinha. Conheço meus arrepios, minhas cócegas, onde me sinto rir, onde me sinto gemer. Me conheço, me olho, me amo, vejo meus seios, os vejo poéticos. Sinto meu cheiro, envolvo meu pescoço e me esqueço.
Apalpo meu sexo, o suco entre os dedos, sentindo o calor, o meu calor, me sentindo bem, apenas por estar comigo.
Me desvencilho de vaidades, me permito sem ego, me toco, respiro, me enrosco, me espalho, me encurvo e me solto... solta no mundo, de todos, de tudo. Um arrepio. Meu ar, meu vício. Acendo um cigarro e apenas suspiro.
sim sou eu, mulher, pequena. Me sinto, me reconheço.

Giordanna

2 comentários:

  1. Que ótima surpresa!
    Por favor, continue sempre a nos brindar com essas maravilhas escritas de forma tão intensa, tão densa, tão delicada...
    Obrigado!

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  2. entre suas paredes, entre seus conceitos, entre sua mente, entre seus desejos.

    e nós entramos calados nesse momento seu. fica a vontade de querer se reconhecer também.

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