quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Nem lá Nem cá!
É incrível essa mania de nos denominarmos. Tudo tem um estado, uma fase ou uma idade. A história, a ciência, o espírito, o ser... tudo é denominado de alguma maneira, principalmente a mulher. A mulher é a coisa mais denominada. Como gostam de nos dar nomes! Temos mil estados, fases e idades.
Então, diante de tudo isso fiquei aqui matutando e lembrando de todos os nomes já colocados nas fases femininas e cheguei a conclusão que, onde me encontro hoje, aos 24 anos, não existe denominação alguma, na-di-ca de nada!Estou numa fase esquecida, um estado qualquer, uma idade não denominada! SOCORRO!
Não me sinto nada! o que eu sou então? Pois não sou tão adulta para algumas responsabilidades e não me sinto madura o suficiente para me definir mulher. E também não tenho paciência para certas "coisas de menina" e me sinto um pouco velha para me dizer adolescente. É uma fase tão perdida, mas tão perdida que nem com 24 anos eu me vejo, não tenho medo de ficar velha, pelo contrario, mas ainda me sinto com 20 anos. Acho que é um medo de chegar a uma idade sem entender o que eu realmente sou.
Eu não me sinto pronta pra assumir uma família, por exemplo, mas também não me vejo mais sendo sustentada e dando satisfações pro meus pais. É uma "meiota indefinida"- alguém entendeu? Nem eu - é a idade do nada a entender. Sem contar no peso de sentir que meu tempo esta passando e que preciso me estabilizar, me profissionalizar e ainda me preparar pra bomba chamada 30, existe um frio na barriga de : "Como me vejo e quero estar com 30 anos".
Porque quando estava com 20 achava que ainda faltava muito tempo, então criei planos, sonhos. Mas quando me vejo na metade disso, percebo que tenho que correr atrás pois preciso me tornar uma adulta, por mais que não queira, alguém um dia vai me lembrar disso.
Eu me sinto assim, num cabo de guerra, mas não estou em nenhum dos lados, estou no meio, uma hora sendo puxada pela Giordana adolescente, outra pela Giordana adulta.
Mas ok! Nem tudo está perdido, sabendo dominar essa corda eu puxo pro lado que eu quiser. Pois não sou tão adulta para entender isso, mas sou madura o suficiente para segurar o tranco.
É por isso que me denomino "nem lá nem cá"!
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