quarta-feira, 25 de julho de 2012

arde... arde uma angústia que não sei de onde vem...
arde um nó que me aperta o peito e me encolhe no meu próprio eu.
Eu não me vejo mais, eu não me entendo mais, eu me esqueci dentro de um aquário sem ar.
O silencio entupiu meus ouvidos, a tristeza me deixou cega e a fraqueza me deixou muda...
Preciso sair, preciso gritar... Onde me acho? onde me vejo? ainda arde...
Arde uma ansiedade de um encontro comigo, arde uma vontade presa dentro desse vidro rachado.
Estou pronta para sair deste aquário, desejei isso com todas as minhas forças, preciso respirar... preciso soltar este suspiro torto como um gemido de alívio, fiquei fraca por nadar neste redemoinho que me afogou por tanto tempo, preciso sair... preciso sair... preciso quebrar esse vidro mesmo que me corte...apenas um impulso, apenas um lapso de força... e pronto.
A liberdade está ventando em meu rosto... cansei de nadar... é tempo de dançar...